domingo, 14 de março de 2010

capítulo 1 “Uma grande jornada começa sempre com um único passo"



É impossível deixar de pensar no futuro quando se está no último ano de escola.
_Silencio! disse o professor.(Só entendemos porque ele falou em português).
_Gente, olha a revista que meu pai trouxe pra mim de Salvador. Exclamou Milla.
_M, pega aí para eu ver. Disse Z.
Ao ver a revista M gritou tão alto que todos olharam para trás. Naquele momento sabíamos exatamente o que faríamos do nosso futuro de agora em diante. A loucura era tanta que não poderíamos compartilhá-la com nossas melhores amigas: Ângela, Ane e Milla.
No mesmo dia bolamos um plano saimos de casa e pedimos para avisar na escola que passariasmo um tempo com a tia de M.Arrumamos a capangá* e o botamos o pé na estrada (literalmente).
Sabiamos que seria uma longa jornada,mas sabiamos tbm que a recompensa viria.
Mal saimos da cidade e já estavamos cansadas por sorte usavamos lindas e confortaveis
...(gente eu sei que é constrangedor dizer isto) sandálias de couro, claro que nossas havaianas (as legitimas, todo mundo usa recuse imitações.) estavam intactas, guardadas para usarmos quando nos encontrássemos.
Depois de muita caminhada chegamos em um vilarejo deserto, não se via ninguém em parte alguma e o sol estava escaldante, ficamos meia hora no sol porque pensamos que a árvore que vimos era uma miragem, quando Z quase desmaiou, M a arrastou para a sombra onde descansaram e aproveitaram para fazer uma boquinha.
Abrimos a capanga* e retiramos dela algumas frutas e também um suco, foi um verdadeiro banquete (um dos únicos que tivemos). Resolvemos passar a noite por lá mesmo. Logo pela manhã continuamos a caminha, e por sorte passava uma romaria, instantaneamente
bolamos um plano,fariamos a famosa carinha de cachorro que caio da mudança,para fazer com que nos desses uma carona até são paulo,tivemos que inventar uma pequena mentira,contamos ao motorista que estavamos pagando promessa e não poderiamos gastar dinheiro,tinhamos que contar com a boa fé das pessoas.
O motorista nos olhou de cima à baixo ,provavelmente deve ter ficado com pena,afinal estavamos parecendo un cão chupando manga no escuro(sem preconceito contra os cães)
Já no interior do veículo estavamos nós e 45 velhinhas, nossa sorte foi as velhinhas sertem bondosas e nos oferecerem um gole de garapa* diretamente do gargalo.
Tudo por TAY...
 
capanga*=como é conhecida um tipo de bolsa no nordeste(uma bolsa não muito bonita).
garapa*=caldo de cana.

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